terça-feira, 20 de março de 2012

NOTA PÚBLICA DE APOIO AO LUTADOR
DO POVO, ENVER JOSÉ!
                                                                                        19 de Março de 2012

“Vamos companheiros/as
Precisamos ter um pouco mais de força
Estamos todos/as juntos/as novamente
Nossa dignidade não se vende, se defende!”

Entre o final dezembro de 2010 e começo do ano de 2011 ocorreram várias mobilizações populares em todo Brasil contra o aumento abusivo no preço das passagens e a má qualidade dos serviços de transporte coletivo, pressionando, nas ruas, governos e empresários por um modelo justo de mobilidade urbana que atenda às necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras.
O estudante universitário Enver José Lopes Cabral, militante do Levante Popular da Juventude, está sendo processado judicialmente por crimes que não cometeu, quando o real propósito das falsas acusações por parte de empresários dos transportes se dá em virtude de seu engajamento nos protestos contra o aumento da tarifa do transporte público na cidade de João Pessoa.
Os processos judiciais em questão discutem a suposta autoria de Enver Lopes nos crime de lesão corporal e manejo de explosivo e tramitam na Justiça Criminal em João Pessoa e serão julgados nos próximos dias 26 e 27 de março de 2012.
Enver Lopes é uma respeitada liderança estudantil, e, pelo Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal da Paraíba, que, foi escolhido para representar esse segmento em comissão cujo papel era discutir questões ligadas ao transporte público entre diversos segmentos da sociedade civil e do Poder Público, e esteve sempre à frente dos protestos contra o aumento das passagens em João Pessoa.
A organização e mobilização populares sempre se fizeram necessárias para que qualquer transformação social pudesse ocorrer em nosso país. Esse é o real papel que os movimentos sociais têm cumprido: reivindicar em todos os espaços públicos, nas ruas e praças, por melhores condições de vida, de trabalho, saúde e educação para a população. No entanto, os segmentos que, com razão, protestam, são muitas vezes vistos como “baderneiros” e tidos como praticantes de ilegalidades, quando outra coisa não fazem que reivindicar os seus direitos. A esse processo chamamos criminalização das lutas dos movimentos sociais. É inaceitável que tratem os cidadãos que lutam por direitos como baderneiros ou
criminosos.
Manifestamos nosso total repúdio à criminalização dos movimentos sociais forjada pelos empresários do transporte coletivo em João Pessoa-PB.
 
Juventude que ousa lutar constrói poder popular!

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